CONHEÇA A HISTÓRIA POR DETRÁS DA MARCA DaquiÓ.
Foram dois anos de muito trabalho na escolha de cores, dizeres, nome, entre outras coisas que foram levadas em questão. Ainda bem que conseguimos superar a ansiedade de começar logo, pois não é fácil esperar quando se tem mil ideias na cabeça e uma tremenda vontade de colocar a mão na massa. Com isso, pudemos fazer escolhas acertadas, bem elaboradas, tudo cuidadosamente pensado, que culminou em um resultado super satisfatório.
Surgia assim, a marca DaquiÓ. As cores escolhidas foram 3. Cinza claro, laranja e marrom.
Optamos por um cinza bem clarinho, cor de concreto por 2 motivos. Primeiro porque ele representa a realidade concreta, aquilo que existe mesmo e sendo assim, ao longo de nossa trajetória, sempre procuramos nos lembrar de manter o pé no chão, de termos consciência de que o crescimento de qualquer empresa deve ser sério, bem medido, bem planejado. Segundo porque simboliza a vida urbana, o concreto das cidades, das casas, que é onde está o nosso produto.
A cor laranja é vibrante, cheia de energia e considerada símbolo de criatividade e dinamismo. Do ponto de vista da cromoterapia, é uma cor quente porque resulta da mistura de vermelho e amarelo, mas com um impacto mais moderado sobre as pessoas, assim como nosso pensamento a respeito de negócios. Pelo seu valor energético, é ainda uma cor incentivadora de sentimentos como o aconchego e a generosidade. Mas prevaleceu também o gosto pessoal pelo tom, adoro laranja!
O marrom foi a primeira cor a ser escolhida. Partimos da premissa de que marrom é terra, é raiz e é feijão. A terra simboliza o retorno à simplicidade, o nosso chão que é a base de tudo; sem ela não há plantação. As raízes se aprofundam à medida que a árvore ou qualquer planta se desenvolve. Quanto mais profunda a raiz, sinal de que a empresa está se estruturando. Quanto aos feijões, a maioria deles é marrom, é a cor que os simbolizam, embora existam grãos brancos, vermelhos, pretos etc.
A essa altura, já tínhamos certeza do nome, mas faltava ver um monte de coisas. Onde colocá-lo? Como posicioná-lo no rótulo? Aí veio a ideia da tarja. Por trás do retângulo onde está o nome DaquiÓ, colocamos uma tarja marrom. Ela representa a nossa vontade de que, ao adquirir um de nossos feijões, a pessoa sinta que está dando ou recebendo um produto especial. Resumindo, a tarja é a fita que amarra o presente. E assim queremos que seja; queremos agradar nosso cliente, presenteá-lo com um produto gostoso e de muita qualidade.
A foto ao fundo é da fazenda onde eu fui criada em Minas Gerais, na cidade de Santa Vitória, onde toda essa história começou. Se olhar bem, dá para ver no alpendre, um menino à direita, um carrinho de bebê à esquerda e um homem deitado na rede; Sérgio, meu marido. Sob a frondosa sombra da paineira secular, aparece a carroça, palco de tantos passeios pelas deliciosas estradas de terra que adornam a paisagem. Finalmente escolhida, essa foto endossa a crença de que estamos no caminho certo, acreditando em nossa história.
Sobre a panela de pressão temos pouco e muito a dizer. Pode ser de alumínio, de barro, de pressão, elétrica, seja como for, é na panela que a magia do cozimento acontece. Até pensamos em usar uma concha, mas por fim, optamos pela panelinha e resolvemos que o melhor lugar para ela era bem em cima do nome, tendo o destaque que merece.
DaquiÓ – o feijão tá na mesa. Queríamos uma frase, uns dizeres que dissesse algo mais a respeito da marca. Também, nesse caso, pensamos em várias possibilidades. Mas a expressão “tá na mesa” é muito nossa; quem nunca foi chamado para almoçar dessa maneira? É uma frase do dia a dia do brasileiro. Então, acrescentamos o feijão para ser mais a cara do nosso negócio.
Enfim, vamos falar do nome DaquiÓ. Foi lento e superdivertido o processo de decisão. Houve muita gente dando palpites (bem-vindos, por sinal), uma profusão de ideias, lembranças, histórias engraçadas que ajudaram a chegar em um consenso. Faggiole, “O marronzinho”, “Comida brasileira” e por aí afora. Até que alguém se lembrou da expressão “huumm, ficou daqui ó” que a tia Anésia sempre usava ao se referir ao feijão cozido que fazia no fogão a lenha da fazenda. Essa expressão é bem antiga, atribuída aos mineiros e nós resolvemos resgatar esse costume de elogiar uma comida dessa maneira, afinal nosso feijão é DaquiÓ. Propositadamente o “D” e o “Ó” foram colocados em maiúsculas, para dar movimento visual.
Se lembrarmos de mais algum detalhe da construção da nossa marca, colocamos aqui para vocês. Tenho a dizer que todas as fases são muito importantes, o imprescindível é planejar bem todas elas. E torcer para que tudo dê certo.
Vera Ávila
Me lembra o poema:
Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
“À sombra desta paineira
Brincando pelos quintais”